sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

AGRADECIMENTOS

    A turma de biomedicina 2º período da faculdade Integrada Tiradentes agradece e parabeniza a professora Carolina Tavares por lecionar uma disciplina complexa e muito desafiadora de forma dinâmica e excepcional. Por estar sempre ao nosso lado no esclarecimento das dúvidas mais singelas e recorrentes. Nós só temos a agradecer todos os seus esforços e sua paciência com a nossa turma, que te adimira e te deseja tudo de bom. Que nesse ano todos os seus objetivos sejam alcançados e que você seja muito feliz.

 
"Não importa onde você parou …
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo…
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.
Chorou muito? Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para “chegar” perto de você.
Recomeçar…
hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você que chegar?
Ir alto… sonhe alto…
queira o melhor do melhor…
pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos…
Se pensarmos pequeno coisas pequenas teremos ….
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossa vida.
Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Diabetes um caso de saúde pública !

Diabetes é uma doença crônica que, se não for controlada, pode causar sérios problemas de saúde. Ela está associada a complicações de longo prazo que podem afetar todas as partes do corpo. Dentre elas podemos destacar: falência renal; doenças do coração;p roblemas de visão e cegueira; derrame cerebral; amputação e doenças do sistema nervosa.
    Embora incurável, a diabetes pode ser muito bem tratada e controlada quando se adota estilo de vida e tratamento adequados. Vamos explicar a seguir como ocorre esta doença e como você pode preveni-la e controlá-la.
   Diabetes, também conhecido como diabetes mellitus, é uma doença caracterizada pelo alto nível de glicose (açúcar) no sangue. Isso ocorre porque o corpo passa a não produzir insulina ou a não responder adequadamente ao nível de insulina que produz. A insulina é o hormônio responsável por regular os níveis de açúcar no sangue.

Tipos


    Embora os três principais tipos de diabetes sejam similares em relação ao desenvolvimento do aumento da glicose no sangue devido a problemas com a insulina, existem diferentes causas e tratamentos.

Diabetes Tipo 1: É uma doença auto-imune na qual o sistema imunológico ataca as células que produzem insulina (no pâncreas), e como resultado há pouca quantidade ou nenhuma formação de insulina no corpo. Sem insulina o corpo não consegue transportar o açúcar (principal combustível das células) do sangue para dentro das células. As pessoas com diabetes tipo 1 precisam tomar insulina diariamente para viver. O tipo 1 geralmente ocorre em jovens e os sintomas aparecem de repente. O tipo 1 representa de 5% a 10% do total de casos de diabetes.

Diabetes Tipo 2: Ocorre quando o corpo passa a não ser capaz de produzir insulina suficiente ou quando o corpo passa a não responder de forma adequada à insulina que está produzindo. O funcionamento normal da insulina é fundamental para o corpo, pois ela é responsável pelo transporte do açúcar para dentro das células. No tipo 2 o corpo pode ficar resistente à insulina por causa de obesidade, sedentarismo, envelhecimento e alguns medicamentos. A diabetes tipo 2 geralmente ocorre na fase adulta (depois dos 30 anos) e representa cerca de 90% a 95% de todos os casos de diabetes.

Diabetes Gestacional: Ocorre em mulheres grávidas que não haviam sido diagnosticadas com diabetes no passado. O resultado é a incapacidade de usar a insulina que está presente no corpo. Este tipo de diabetes geralmente desaparece depois que a gravidez acaba. Ocorre em cerca de 4% das mulheres grávidas. A diabetes gestacional pode ser controlada com dieta, exercícios e atenção ao ganho de peso. Mulheres com diabetes gestacional correm mais risco de desenvolver a diabetes tipo 2 futuramente.

Sintomas

Muitas vezes a diabetes só é descoberta por acaso. Isso ocorre mais freqüentemente com pessoas que desenvolvem o tipo 2, e muitas vezes não apresentam qualquer sintoma. Por outro lado, as pessoas com diabetes podem apresentar uma variedade de sintomas que incluem:

Sintomas da Diabetes Tipo 1

  • Urinar freqüentemente;
  • Sede incomum e excessiva;
  • Muita fome;
  • Perda de peso sem qualquer razão conhecida;
  • Muito cansaço;
  • Irritabilidade.

Sintomas da Diabetes Tipo 2

  • Qualquer um dos sintomas do Tipo 1 listados acima;
  • Infecções freqüentes;
  • Visão embaçada;
  • Cortes e machucados que demoram para cicatrizar;
  • Formigamento e falta de sensibilidade nos pés e mãos;
  • Infecções recorrentes na pele, gengiva e bexiga. 

 

Como se dá o controle da doença ? 


É importante ressaltar que a diabetes é uma doença séria e, embora apresentemos a seguir boas sugestões para controlá-la, é importante que você faça um acompanhamento com seu médico. Em muitos casos somente o uso de medicamentos controlará adequadamente os níveis de glicose no sangue.

 Dieta e estilo de vida


Dieta: Estudos controlados descobriram que pessoas com diabetes tipo 1 que seguem uma dieta de baixo índice glicêmico tem um melhor controle, a longo prazo, dos níveis de açúcar no sangue quando comparadas com pessoas que seguem uma dieta com alto índice glicêmico.  No entanto, outros estudos demonstraram benefícios semelhantes em pacientes treinados a ajustar suas doses de insulina de acordo com o conteúdo total de carboidratos da refeição ("contagem de carboidratos").
A maioria dos médicos recomenda que pessoas com diabetes (tipo 1 e 2) cortem o consumo de açúcar e alimentos processados da dieta e os substituam por alimentos ricos em fibras e integrais. Isso tende a baixar o índice glicêmico da dieta em geral e ainda traz o benefício de aumentar o consumo de vitaminas, minerais e fibras.

Exercícios: Exercícios físicos regulares são muito importantes para diabéticos. Eles ajudam a controlar o nível de açúcar no sangue, a perder peso e a diminuir a pressão alta sangüínea. Pessoas diabéticas que se exercitam estão menos propensas a ter problemas cardíacos e derrame do que as que não se exercitam regularmente.

Observação: É importante que os diabéticos que estão começando a prática de exercícios físicos regulares monitorem bem o nível de glicose no sangue, pois os exercícios podem potencializar a ação de alguns medicamentos. (Exemplo: Diabéticos que tomam insulina podem precisar tomar menos insulina ao dia para manter os níveis de glicose adequados ). A mesma atenção deve ser tomada quando se está mudando a intensidade com que o exercício é normalmente feito. Mudanças na dieta e/ou medicação podem ser necessárias para assegurar que os níveis de glicose no sangue não atinjam níveis muito altos e nem muito baixos.

Perda de peso: Estar acima do peso aumenta a necessidade de insulina. Então, pessoa com diabetes tipo 1 deve atingir e manter um peso corporal apropriado.
A maioria das pessoas diabéticas tipo 2 estão acima do peso.  Excesso de peso abdominal não interrompe a produção de insulina,  mas deixa o corpo menos sensível à insulina . O excesso de peso pode até fazer pessoas saudáveis ficarem pré-diabéticas, embora a perda de peso possa reverter esse problema.  Na maioria dos estudos, diabéticos tipo 2 ficaram com níveis glicêmicos mais controlados após a perda de peso.

Parar de fumar: Pessoas com diabetes que fumam correm um risco maior de dano aos rins, doenças do coração e outros problemas relacionados a diabetes. Fumantes estão mais propensos também a desenvolver diabetes. Portanto, é importante que os diabéticos parem de fumar.

Ácidos Graxos Poliinsaturados - ômega-6 e ômega-3

     
No contraponto das "vilãs", as gorduras saturadas, reinam os "ilustres" Ácidos Graxos Poliinsaturados representados pelas séries ômega-6 e ômega-3, as "Gorduras Essenciais da Turma do Bem". Essenciais porque nosso corpo não fabrica, sendo assim, precisamos obtê-los através da alimentação.
Os ácidos graxos ômega-6 são encontrados nos óleos vegetais (exceto de coco, cacau e dendê) e as fontes de ômega-3 estão na gordura dos peixes de águas profundas e frias, nas sementes e no óleo de linhaça.

 O ÔMEGA-3
Os estudos clínicos vem mostrando que os poliinsaturados ômega-3 além de proteger o coração e as artérias, auxiliar na redução do colesterol e triglicérides, manter estáveis os níveis da pressão arterial, fortalecer o sistema imunológico, ser coadjuvante nos tratamentos de pele, podem ainda auxiliar nos tratamentos contra depressão. Pessoas que receberam doses de ômega-3 apresentaram melhora nos sintomas de depressão.

 FONTES DE ÔMEGA-3

As principais fontes de ômega-3 são os peixes de águas profundas e frias (salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha, truta) e os óleos de peixe.
Para quem não gosta, tem alergia ou não inclui, com frequência, os peixes ou os óleos de peixe no cardápio, as Sementes de Linhaça, o Óleo de Linhaça ou a suplementação com ômega-3 podem ser boas alternativas.

ÔMEGA-6

Presente em óleos vegetais, sementes e nozes. Pode reduzir o LDL e o colesterol total, mas alto consumo pode abaixar o do benéfico colesterol HDL. Limite a 10% do total de sua ingestão de calorias.

 
SEGREDOS FUNCIONAIS
O óleo de linhaça próprio para consumo humano é aquele extraído à frio e não aqueles destinados à pintura que são tóxicos. Este óleo não deve ser aquecido e nem submetido ao calor.
Com relação as sementes de linhaça, existem 2 tipos: a marron e a dourada. A dourada é cultivada de forma orgânica e apresenta maior teor de lignanas, um tipo de fitoestrógeno utilizado como alternativa de TRH (Terapia de Reposição Hormonal).

CUIDADO!!!!

 Não use suplementos de ômega-3 sem supervisão e orientação de um nutricionista. O mesmo tem ação anti-coagulante e em determinados casos é desaconselhável sua utilização.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cerveja aumenta risco de doença de pele em mulheres, diz estudo

Mulheres que bebem cerveja regularmente têm mais chances de desenvolver psoríase, uma doença de pele crônica, segundo sugere um estudo de pesquisadores americanos.
O estudo descobriu que as mulheres que bebem cinco cervejas por semana têm o dobro de risco de desenvolver a doença em comparação com as mulheres que não bebem.
A pesquisa, da Harvard Medical School, em Boston, analisou dados de mais de 82 mil enfermeiras entre 27 e 44 anos e seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas entre 1991 e 2005.
Os pesquisadores disseram observar um aumento de 72% no risco de psoríase entre as mulheres que bebiam mais do que uma média de 2,3 cervejas por semana em relação às mulheres que não bebiam.
Para as mulheres que bebiam cinco copos de cerveja por semana, o risco era 130% maior.
Porém as mulheres que bebiam qualquer quantidade de cerveja não alcoólica, vinho ou bebidas destiladas não apresentaram um aumento do risco de desenvolver psoríase.
“A cerveja comum foi a única bebida alcoólica que aumentava o risco de psoríase, sugerindo que alguns componentes não-alcoólicos da cerveja, que não são econtrados no vinho ou nos destilados, podem ter um papel importante no estabelecimento da psoríase”, afirma o autor da pesquisa, Abrar Qureshi.

Glúten

O estudo, publicado na revista especializada Archives of Dermatology, sugere que a causa do aumento no risco de prsoríase pode ser a cevada com glúten, usada na fermentação da cerveja.
Estudos anteriores mostraram que uma dieta sem glúten pode melhorar os casos de psoríase nos pacientes sensíveis ao glúten.
Segundo o estudo, as pessoas com psoríase podem ter uma sensibilidade latente ao glúten.
“As mulheres com alto risco de desenvolver psoríase devem considerar evitar tomar muita cerveja”, concluem os autores.
A psoríase é uma doença crônica de pele caracterizada por escamações com coceira que normalmente aparecem nos joelhos, nos cotovelos e no coro cabeludo, mas que podem também atingir outras áreas do corpo, incluindo a face.
A doença, cuja origem é genética, é normalmente desencadeada por alguma situação específica. Seus efeitos são comumente leves, mas em alguns casos extremos chegam a deixar os pacientes desfigurados

OBS> Esses efeitos não ocorrem em outras bebidas alcoólicas

Doença faz mulher de 61 anos ter pele de 40

Um distúrbio responsável pela produção de colágeno em excesso fez com que uma britânica de 61 anos tivesse a pele de uma mulher de 40 anos.
Moradora de Colchester (leste da Inglaterra), Susan Johnson – cujo caso foi revelado pelo jornal Daily Gazette – sofre de uma rara doença chamada esclerodermia.
O distúrbio, que provoca um endurecimento anormal da pele, com perda de flexibilidade e mobilidade, ocorre quando o corpo produz colágeno (a proteína que nos faz parecer jovens) além da conta.
Muitas mulheres gastam milhares de reais em injeções de colágeno para melhorar o aspecto de sua pele e de seus lábios. A proteína também está presente em boa parte dos cremes antienvelhecimento.
Mas, embora o distúrbio deixe Johnson com pele firme no rosto, mãos, pescoço e pés, ele também causa fortes dores e o inchaço de suas juntas.
“Não tenho nenhuma pele solta nos meus braços, então carregar sacolas ou fazer compras é muito doloroso, e não tenho forças neles para me levantar da banheira”, disse ela ao Daily Gazette.
“Mesmo descascar uma batata pode ser difícil, já que os meus dedos são dobrados.”

Clima úmido ou frio

Segundo Johson, suas dores se intensificam ainda mais quando o clima está úmido ou frio. Ela conta que descobriu a doença no último inverno, quando a temperatura caiu e seus dedos começaram a formigar, além de ficarem azulados e avermelhados.
Inicialmente, os médicos acharam que Johnson sofria do fenômeno de Raynaud, distúrbio que impede que o sangue alcance os dedos das mãos e dos pés com a mudança de temperatura.
Mas, após passar por exames num hospital em Londres, ela foi diagnosticada com esclerodermia.
Os sintomas do distúrbio que acomete Johnson são semelhantes ao do reumatismo, mas a esclerodermia pode também afetar órgãos internos.
No caso da britânica, porém, só a pele foi afetada.
“Tenho 61 e digo ao meu marido, Keith, que parece que ele está casado com uma mulher de 30 anos”, diz ela.

Tratamento

Para tratar a doença, que afeta três vezes mais mulheres do que homens, Johnson recorre diariamente a esteroides, remédios para circulação sanguínea e imunossupressores.
Não há causas conhecidas para a esclerodermia, mas sabe-se que ela não é contagiosa nem hereditária e que costuma se manifestar entre os 25 e os 55 anos.
Por enquanto, ela não tem cura, apenas um tratamento que alivia os seus sintomas.

Médicos britânicos tratam vítima de derrame com células-tronco

Médicos britânicos injetaram células-tronco no cérebro de um paciente vítima de derrame, como parte de um estudo para descobrir um novo tratamento para a doença.
O homem idoso, que não apresentava melhora em seu estado de saúde havia muitos anos, é a primeira pessoa no mundo a receber o tratamento experimental, que envolve 12 pacientes do Southern General Hospital, em Glasgow, na Escócia.
Ele recebeu uma injeção com uma pequena dose de células-tronco no último fim de semana, já recebeu alta e, segundo os médicos, passa bem.
O objetivo do teste inicial é garantir que o procedimento seja seguro para os pacientes.
Durante o próximo ano, outras vítimas de derrame cerebral receberão doses progressivamente maiores, ainda para descobrir se o tratamento não apresenta altos riscos.
Mas os médicos também examinarão os pacientes para verificar se as células-tronco conseguiram restaurar as células do cérebro e se seu estado de saúde melhorou.
O tratamento experimental recebeu críticas porque usou células cerebrais de fetos para gerar as células-tronco, mas os criadores do projeto alegam ter recebido aprovação ética do órgão regulador da medicina na Grã-Bretanha e dizem que apenas um pequeno número de fetos foi usado nos primeiros estágios da pesquisa e agora eles não seriam mais necessários.

Primeiros passos

O neurocientista Keith Muir, professor da Universidade de Glasgow e médico do Southern General Hospital, diz que se os testes forem bem sucedidos eles podem levar a pesquisas mais detalhadas.
"Esperamos que no futuro isso leve a estudos mais amplos para determinar a eficácia das células-tronco no tratamento das deficiências causadas pelos derrames", disse ele.
O primeiro grupo de pacientes a receber o tratamento experimental é formado por homens acima de 60 anos que não apresentaram melhora de seus sintomas ao longo de vários anos.
Ter um grupo de pacientes com critérios tão limitados permite que médicos e cientistas comparem melhor qualquer avanço em seu estado de saúde, mesmo nos estágios iniciais da pesquisa.
Se os testes obtiverem bons resultados, os cientistas pretendem levar adiante estudos envolvendo grupos maiores de pacientes, daqui a dois anos.

Uma maçã por dia previne o câncer

Basta uma unidade por dia para você derrubar os riscos de ter alguns tipos de tumor, principalmente o de intestino. De quebra, você ingere substâncias que protegem as artérias e que ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue

Costumam repetir os americanos: “One apple a day keeps the doctor away”. E comece a levar a sério o que poderia soar a uma rima tola: uma maçã por dia ajuda, sim, a manter os médicos bem longe. Essa seria, mais ou menos, a tradução do ditado e é verdadeira pelo menos no que diz respeito ao câncer.

Um estudo polonês, realizado na Universidade Jagiellonian e divulgado no European Journal of Cancer Prevention, uma publicação científica de prestígio, corrobora com essa ideia. Os pesquisadores entrevistaram 592 portadores de tumor colorretal e 765 indivíduos saudáveis, comparando toda sorte de informações sobre seu estilo de vida, sobretudo o que comiam — verduras, frutas e, entre elas, maçãs especificamente. “Depois de analisar os dados dos dois grupos, concluímos que a ingestão diária de pelo menos uma maçã já reduz em 35% o risco de um câncer intestinal”, Wieslaw Jedrychowski.

O trabalho não é o único a apontar um efeito anticâncer da fruta. Na Universidade Cornell, nos Estados Unidos, nutricionistas pingaram o extrato de maçã diretamente em células tumorais de mama e notaram que ele foi capaz de frear sua multiplicação. Na prática, isso indicaria que a fruta não só atuaria na prevenção do problema como favoreceria sua cura.

“O mérito é dos chamados compostos fenólicos, um time poderoso de antioxidantes, presentes em doses generosas nas maçãs”, explica o engenheiro agrônomo Alessandro Nogueira, do Grupo de Trabalho sobre Maçã da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no interior do Paraná. Esses componentes neutralizam radicais livres, moléculas formadas no organismo que, em excesso, prejudicam o DNA das células, desencadeando a proliferação desordenada por trás da formação de um tumor. “Além dessa ação contra os radicais, há indícios científicos de que os mesmos compostos regulariam a resposta imunológica e a expressão do gene p53, envolvidos no aparecimento de tumores”, completa Jedrychowski.

No grupo de compostos fenólicos encontrados no fruto da macieira, alguns merecem destaque. “As procianidinas, as quercetinas glicosiladas e a rutina estão entre os principais”, lista a nutricionista Andrea Andrade, da RG Nutri Consultoria em Nutrição, na capital paulista. Não se preocupe em decorar esses nomes complicados, mas em aprender o seguinte: sempre consuma a maçã inteira. “Sua casca possui de cinco a dez vezes mais substâncias ativas do que a polpa”, justifica Alessandro Nogueira.

Se o produto não for orgânico, procure varrer os agrotóxicos. “Basta deixar a fruta imersa em 1 litro de água com 5o gotas de hipoclorito durante 15 minutos e depois lavá-la com água potável”, ensina a engenheira agrônoma Marta Spoto, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, no interior de São Paulo.

Alessandro Nogueira dá outro recado: não adianta devorar todas as maçãs da fruteira. Ao contrário. “Comer mais de três unidades por dia anula a ação positiva, porque, em excesso, seus componentes têm uma espécie de efeito tóxico, gerando mais radicais livres em vez de combatê-los.” Portanto, basta mesmo seguir o velho ditado e apostar em uma única maçã por dia.