quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Cerveja aumenta risco de doença de pele em mulheres, diz estudo

Mulheres que bebem cerveja regularmente têm mais chances de desenvolver psoríase, uma doença de pele crônica, segundo sugere um estudo de pesquisadores americanos.
O estudo descobriu que as mulheres que bebem cinco cervejas por semana têm o dobro de risco de desenvolver a doença em comparação com as mulheres que não bebem.
A pesquisa, da Harvard Medical School, em Boston, analisou dados de mais de 82 mil enfermeiras entre 27 e 44 anos e seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas entre 1991 e 2005.
Os pesquisadores disseram observar um aumento de 72% no risco de psoríase entre as mulheres que bebiam mais do que uma média de 2,3 cervejas por semana em relação às mulheres que não bebiam.
Para as mulheres que bebiam cinco copos de cerveja por semana, o risco era 130% maior.
Porém as mulheres que bebiam qualquer quantidade de cerveja não alcoólica, vinho ou bebidas destiladas não apresentaram um aumento do risco de desenvolver psoríase.
“A cerveja comum foi a única bebida alcoólica que aumentava o risco de psoríase, sugerindo que alguns componentes não-alcoólicos da cerveja, que não são econtrados no vinho ou nos destilados, podem ter um papel importante no estabelecimento da psoríase”, afirma o autor da pesquisa, Abrar Qureshi.

Glúten

O estudo, publicado na revista especializada Archives of Dermatology, sugere que a causa do aumento no risco de prsoríase pode ser a cevada com glúten, usada na fermentação da cerveja.
Estudos anteriores mostraram que uma dieta sem glúten pode melhorar os casos de psoríase nos pacientes sensíveis ao glúten.
Segundo o estudo, as pessoas com psoríase podem ter uma sensibilidade latente ao glúten.
“As mulheres com alto risco de desenvolver psoríase devem considerar evitar tomar muita cerveja”, concluem os autores.
A psoríase é uma doença crônica de pele caracterizada por escamações com coceira que normalmente aparecem nos joelhos, nos cotovelos e no coro cabeludo, mas que podem também atingir outras áreas do corpo, incluindo a face.
A doença, cuja origem é genética, é normalmente desencadeada por alguma situação específica. Seus efeitos são comumente leves, mas em alguns casos extremos chegam a deixar os pacientes desfigurados

OBS> Esses efeitos não ocorrem em outras bebidas alcoólicas

Doença faz mulher de 61 anos ter pele de 40

Um distúrbio responsável pela produção de colágeno em excesso fez com que uma britânica de 61 anos tivesse a pele de uma mulher de 40 anos.
Moradora de Colchester (leste da Inglaterra), Susan Johnson – cujo caso foi revelado pelo jornal Daily Gazette – sofre de uma rara doença chamada esclerodermia.
O distúrbio, que provoca um endurecimento anormal da pele, com perda de flexibilidade e mobilidade, ocorre quando o corpo produz colágeno (a proteína que nos faz parecer jovens) além da conta.
Muitas mulheres gastam milhares de reais em injeções de colágeno para melhorar o aspecto de sua pele e de seus lábios. A proteína também está presente em boa parte dos cremes antienvelhecimento.
Mas, embora o distúrbio deixe Johnson com pele firme no rosto, mãos, pescoço e pés, ele também causa fortes dores e o inchaço de suas juntas.
“Não tenho nenhuma pele solta nos meus braços, então carregar sacolas ou fazer compras é muito doloroso, e não tenho forças neles para me levantar da banheira”, disse ela ao Daily Gazette.
“Mesmo descascar uma batata pode ser difícil, já que os meus dedos são dobrados.”

Clima úmido ou frio

Segundo Johson, suas dores se intensificam ainda mais quando o clima está úmido ou frio. Ela conta que descobriu a doença no último inverno, quando a temperatura caiu e seus dedos começaram a formigar, além de ficarem azulados e avermelhados.
Inicialmente, os médicos acharam que Johnson sofria do fenômeno de Raynaud, distúrbio que impede que o sangue alcance os dedos das mãos e dos pés com a mudança de temperatura.
Mas, após passar por exames num hospital em Londres, ela foi diagnosticada com esclerodermia.
Os sintomas do distúrbio que acomete Johnson são semelhantes ao do reumatismo, mas a esclerodermia pode também afetar órgãos internos.
No caso da britânica, porém, só a pele foi afetada.
“Tenho 61 e digo ao meu marido, Keith, que parece que ele está casado com uma mulher de 30 anos”, diz ela.

Tratamento

Para tratar a doença, que afeta três vezes mais mulheres do que homens, Johnson recorre diariamente a esteroides, remédios para circulação sanguínea e imunossupressores.
Não há causas conhecidas para a esclerodermia, mas sabe-se que ela não é contagiosa nem hereditária e que costuma se manifestar entre os 25 e os 55 anos.
Por enquanto, ela não tem cura, apenas um tratamento que alivia os seus sintomas.

Médicos britânicos tratam vítima de derrame com células-tronco

Médicos britânicos injetaram células-tronco no cérebro de um paciente vítima de derrame, como parte de um estudo para descobrir um novo tratamento para a doença.
O homem idoso, que não apresentava melhora em seu estado de saúde havia muitos anos, é a primeira pessoa no mundo a receber o tratamento experimental, que envolve 12 pacientes do Southern General Hospital, em Glasgow, na Escócia.
Ele recebeu uma injeção com uma pequena dose de células-tronco no último fim de semana, já recebeu alta e, segundo os médicos, passa bem.
O objetivo do teste inicial é garantir que o procedimento seja seguro para os pacientes.
Durante o próximo ano, outras vítimas de derrame cerebral receberão doses progressivamente maiores, ainda para descobrir se o tratamento não apresenta altos riscos.
Mas os médicos também examinarão os pacientes para verificar se as células-tronco conseguiram restaurar as células do cérebro e se seu estado de saúde melhorou.
O tratamento experimental recebeu críticas porque usou células cerebrais de fetos para gerar as células-tronco, mas os criadores do projeto alegam ter recebido aprovação ética do órgão regulador da medicina na Grã-Bretanha e dizem que apenas um pequeno número de fetos foi usado nos primeiros estágios da pesquisa e agora eles não seriam mais necessários.

Primeiros passos

O neurocientista Keith Muir, professor da Universidade de Glasgow e médico do Southern General Hospital, diz que se os testes forem bem sucedidos eles podem levar a pesquisas mais detalhadas.
"Esperamos que no futuro isso leve a estudos mais amplos para determinar a eficácia das células-tronco no tratamento das deficiências causadas pelos derrames", disse ele.
O primeiro grupo de pacientes a receber o tratamento experimental é formado por homens acima de 60 anos que não apresentaram melhora de seus sintomas ao longo de vários anos.
Ter um grupo de pacientes com critérios tão limitados permite que médicos e cientistas comparem melhor qualquer avanço em seu estado de saúde, mesmo nos estágios iniciais da pesquisa.
Se os testes obtiverem bons resultados, os cientistas pretendem levar adiante estudos envolvendo grupos maiores de pacientes, daqui a dois anos.

Uma maçã por dia previne o câncer

Basta uma unidade por dia para você derrubar os riscos de ter alguns tipos de tumor, principalmente o de intestino. De quebra, você ingere substâncias que protegem as artérias e que ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue

Costumam repetir os americanos: “One apple a day keeps the doctor away”. E comece a levar a sério o que poderia soar a uma rima tola: uma maçã por dia ajuda, sim, a manter os médicos bem longe. Essa seria, mais ou menos, a tradução do ditado e é verdadeira pelo menos no que diz respeito ao câncer.

Um estudo polonês, realizado na Universidade Jagiellonian e divulgado no European Journal of Cancer Prevention, uma publicação científica de prestígio, corrobora com essa ideia. Os pesquisadores entrevistaram 592 portadores de tumor colorretal e 765 indivíduos saudáveis, comparando toda sorte de informações sobre seu estilo de vida, sobretudo o que comiam — verduras, frutas e, entre elas, maçãs especificamente. “Depois de analisar os dados dos dois grupos, concluímos que a ingestão diária de pelo menos uma maçã já reduz em 35% o risco de um câncer intestinal”, Wieslaw Jedrychowski.

O trabalho não é o único a apontar um efeito anticâncer da fruta. Na Universidade Cornell, nos Estados Unidos, nutricionistas pingaram o extrato de maçã diretamente em células tumorais de mama e notaram que ele foi capaz de frear sua multiplicação. Na prática, isso indicaria que a fruta não só atuaria na prevenção do problema como favoreceria sua cura.

“O mérito é dos chamados compostos fenólicos, um time poderoso de antioxidantes, presentes em doses generosas nas maçãs”, explica o engenheiro agrônomo Alessandro Nogueira, do Grupo de Trabalho sobre Maçã da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no interior do Paraná. Esses componentes neutralizam radicais livres, moléculas formadas no organismo que, em excesso, prejudicam o DNA das células, desencadeando a proliferação desordenada por trás da formação de um tumor. “Além dessa ação contra os radicais, há indícios científicos de que os mesmos compostos regulariam a resposta imunológica e a expressão do gene p53, envolvidos no aparecimento de tumores”, completa Jedrychowski.

No grupo de compostos fenólicos encontrados no fruto da macieira, alguns merecem destaque. “As procianidinas, as quercetinas glicosiladas e a rutina estão entre os principais”, lista a nutricionista Andrea Andrade, da RG Nutri Consultoria em Nutrição, na capital paulista. Não se preocupe em decorar esses nomes complicados, mas em aprender o seguinte: sempre consuma a maçã inteira. “Sua casca possui de cinco a dez vezes mais substâncias ativas do que a polpa”, justifica Alessandro Nogueira.

Se o produto não for orgânico, procure varrer os agrotóxicos. “Basta deixar a fruta imersa em 1 litro de água com 5o gotas de hipoclorito durante 15 minutos e depois lavá-la com água potável”, ensina a engenheira agrônoma Marta Spoto, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba, no interior de São Paulo.

Alessandro Nogueira dá outro recado: não adianta devorar todas as maçãs da fruteira. Ao contrário. “Comer mais de três unidades por dia anula a ação positiva, porque, em excesso, seus componentes têm uma espécie de efeito tóxico, gerando mais radicais livres em vez de combatê-los.” Portanto, basta mesmo seguir o velho ditado e apostar em uma única maçã por dia.

Alho e cebola contra pedra na vesícula


A dupla seria capaz de reduzir a formação de cálculo biliar, sugere um estudo indiano publicado no periódico British Journal of Nutrition. Realizado com roedores, o trabalho mostrou que o dueto aumenta a produção de duas enzimas responsáveis por derrubar naturalmente os níveis de colesterol. “E quase 80% das pedras na vesícula são formadas por esse tipo de gordura”, afirma Ricardo Abdalla, clínico-geral do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Para chegar à conclusão, os cientistas compararam dois grupos de cobaias. Entre os animais alimentados com uma maior quantidade de alho e cebola, houve uma redução de até 30% na incidência dos cálculos.

A erva-mate contra o mal de Parkinson

Esse efeito acaba de ser constatado por cientistas da Universidade do Extremo Sul de Santa Catarina. Depois de testar o extrato da planta em ratos induzidos à doença, eles observaram que algumas de suas substâncias mostraram-se capazes de protegê-los. Em outra investigação os animais receberam o fi toterápico com a medicação tradicional e os resultados foram ainda mais signifi cativos. Parte das cobaias chegou a recuperar completamente os movimentos. O estudo ainda é preliminar, mas já provou que a erva-mate pode ser utilizada na prevenção desse mal degenerativo e também como coadjuvante no tratamento, conta a farmacêutica Luciane Costa Campos, chefe da pesquisa.

 

FICHA DA PLANTA
Nome científico: Ilex paraguariensis St. Hilaire
Nomes populares: erva-mate, mate, erva-chimarrão, chá-do-brasil
Formas de consumo: na região Sul a bebida, bem concentrada, leva o nome de chimarrão; no Sudeste serve-se o chá quente e gelado; no Centro-Oeste seu nome é tereré, versão tropical do chimarrão, com gelo e limão
Origem: América do Sul
Características: seu caule, de cor acinzentada, tem em média 30 centímetros de diâmetro. O porte é variável e, dependendo da idade, pode atingir 12 metros de altura. Quando podada não passa dos 7 metros
Parte usada: folhas

Plantas que curam

 
“A flora nacional concentra a maior biodiversidade do mundo. São 55 mil espécies catalogadas, o correspondente a 20% do total distribuído pelo planeta”, dispara o médico Roberto Boorhem, presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia. Esse tesouro natural é uma oportunidade de avançar na descoberta de novos tratamentos médicos, desde que utilizado com critério científico.

Antes de tudo, apague a crença de que tudo que é natural não faz mal. “As plantas necessitam de recursos químicos para se defender, como alguns alcaloides, que, por serem amargos e tóxicos, afastam predadores, ou óleos essenciais, que atraem aves para a polinização”, exemplifica a farmacêutica Ivana Suffredini, da Universidade Paulista, na capital. “Assim como algumas dessas substâncias podem atuar positivamente no organismo humano, outras provocam sérios danos”, alerta.

Outra confusão que precisa ser desfeita é usar os termos plantas medicinais e fitoterápicos como sinônimos. “Fitoterápicos são remédios, que passam por uma rigorosa avaliação de segurança e eficácia em seres humanos, com uma concentração de ativos padronizada, o que nem sempre ocorre com as folhas para o preparo de chás”, diferencia a geriatra especializada em fitomedicina Rita Ferrari, de São Paulo.

Não quer dizer que a população tenha de abandonar as infusões, respeitando-se algumas medidas de cautela. Com o respaldo de investigações sérias e de anos de uso popular registrados, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma lista de 66 espécies eficazes, com suas respectivas indicações de uso. As plantas mencionadas nesta reportagem aparecem nessa relação e são rotuladas como drogas vegetais. “Esses chás devem ser consumidos somente para alívio de sintomas agudos, sem ultrapassar 30 dias. A utilização prolongada exige o acompanhamento de um médico ou nutricionista”, esclarece Boorhem.

A procedência da planta também requer total atenção. “Algumas espécies são muito semelhantes e facilmente confundidas, o que é perigoso”, justifica Ivana. Você só deve adquirir o produto de farmácias ou casas de ervas idôneas. “A Anvisa já tem uma proposta para regulamentar a venda dessas drogas vegetais”, afirma Douglas Duarte, coordenador de assuntos regulatórios da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais. “Elas deverão ser comercializadas em embalagens que estampem especificações como alegação terapêutica e orientação de consumo.” O selo do Ministério da Saúde, portanto, será, em breve, mais uma garantia para o consumidor.

Água ajuda a emagrecer

Depois de um período entregue às guloseimas e de noites e mais noites de descontrole diante da mesa do jantar, você nota que o peso aumentou. Aí, resolve lançar mão de medidas, digamos, reparadoras. Passa a comer menos doce, capricha no consumo de fibras e vegetais, troca o pão branco pelo integral, corta o refrigerante... E todo esse esforço não surte aquele efeito desejado depressa. Será que já se viu nessa situação? Pois então saiba o que anda alardeando um time de especialistas da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos. Eles descobriram uma estratégia simples, eficiente e barata quando o assunto é perda de peso: tomar água.

De acordo com o estudo, quem bebe dois copos do líquido — zero caloria — antes de cada refeição dá menos garfadas e, consequentemente, elimina mais quilos do que aqueles que abrem mão da fórmula H2O de emagrecimento. Para corroborar a tese, os cientistas americanos dividiram em dois grupos homens e mulheres acima do peso ou até mesmo obesos, gordos pra valer, com idade entre 55 e 75 anos. Metade dessa gente foi orientada a seguir uma dieta de baixa ingestão calórica e beber água antes do café da manhã, almoço e jantar. O restante adotou o mesmo regime alimentar, porém sem recorrer aos goles de água.

Depois de 12 semanas, o primeiro grupo havia perdido em média 15,5 quilos — um sucesso comparado aos 11 quilos do outro. “Ao tomarmos água, a leptina e o PYY, dois hormônios envolvidos no controle da saciedade, são liberados pelo estômago”, especula Danielle Fava, nutricionista de São Paulo. A leptina atua no próprio estômago, enquanto o PYY é produzido no momento em que a água chega ao intestino. São eles os responsáveis por enviar a mensagem de que estamos satisfeitos ao cérebro. Ao receber essa informação, a massa cinzenta se contentará com pratos menos fartos.

“É como se enganássemos o cérebro”, compara Silvia Papini, nutricionista da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, no interior do estado. Beatriz Botequio, nutricionista da Equilibrium Consultoria, em São Paulo, acrescenta: “A própria distensão do estômago provocada pela entrada do líquido também já colabora para a sensação de barriga cheia, freando a comilança”. Segundo a pesquisa americana, pessoas de meia-idade e idosos são os maiores beneficiários do efeito emagrecedor da água. Isso porque, com o passar dos anos, o estômago desacelera seu trabalho e tende a levar mais tempo para se esvaziar. “A água fica retida ali, o que prolonga ainda mais o estado de saciedade”, afirma Ricardo Rosenfeld, chefe da equipe de terapia nutricional da Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro.
Para completar o trabalho, os cientistas da Virgínia foram checar o que tinha acontecido com os participantes da investigação um ano depois. E incrível: aqueles que continuaram tomando água antes das refeições tinham emagrecido mais. Estavam cerca de 2 quilos mais leves, em média. Só um detalhe: a estratégia funciona bem quando você molha a garganta entre uma e meia hora antes de se sentar à mesa.



                                                  

SAL na medida CERTA

Versões ainda pouco conhecidas do tempero, como o rosa e o light, podem ser uma boa alternativa para reduzir o consumo de sódio, que, em excesso — bomba! —, altera até mesmo a forma do seu músculo cardíaco



O sal de cozinha já foi chamado de ouro branco e reinou no mundo dos temperos por séculos, mas não faz mais sentido falar dele como se fosse único. Afinal, cerca de 300 tipos do ingrediente são conhecidos hoje em dia. Todos dão um gostinho a mais ao prato, mas as semelhanças param por aí. Nem mesmo a quantidade de sódio, o principal componente desses condimentos, é idêntica entre eles.

E essa é uma ótima notícia para quem adora ter o saleiro por perto mas não quer prejudicar a saúde — pelo menos quando falamos das versões com doses menores de sódio. Isso porque o mineral, em excesso, pode causar estragos que vão muito além da hipertensão, seu malefício mais conhecido. Um estudo quentíssimo da Universidade de São Paulo prova que uma molécula conhecida como angiotensina II, formada constantemente na corrente sanguínea, poderia invadir os tecidos do coração quando o nutriente é consumido além da conta.

“Testes feitos com animais mostram que esse exagero induziria o aumento de volume das células do miocárdio, o músculo do órgão, o que modifica sua estrutura e leva à sua disfunção”, revela a biomédica Daniele Ferreira, autora da pesquisa. A consequência, em longo prazo, seria a falência cardíaca.

O assunto é prioridade entre as autoridades de saúde pública mundo afora. O governo americano acaba de sugerir que a recomendação de consumo diário de sódio passe a ser de no máximo 1 500 mg, ou meia colher de chá — uma redução de quase 40% com relação ao nível de consumo atual naquele país. “A medida exige negociação. O importante é criar uma cultura de promoção da saúde”, esclarece o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que, em junho, promoveu um encontro com a indústria alimentícia para propor a diminuição do sódio nos produtos brasileiros. Aqui, consumimos cerca de 4 800 mg do mineral por dia!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A estrutura dos cabelos: parte 02

    A pele é um órgão vivo que desempenha funções importantes em nosso organismo, como regular a temperatura, agir como mecanismo de defesa, proteger nosso corpo de ações externas, entre outras. É no interior da pele que acontece a formação dos fios de cabelo. Ela é dividida em três camadas distintas: epiderme  (camada superficial), derme  (camada intermediária) e  hipoderme (camada profunda).
    A pele abriga todos os fios de cabelo, neste caso o couro cabeludo. O fio do cabelo origina-se dentro do folículo piloso, onde se encontra o bulbo ou raiz. A alimentação dos fios acontece na papila, através da circulação sanguínea, que nutrem as células germinativas e assim estas células se reproduzem continuadamente e originam o fio de cabelo.
    O fio de cabelo é uma estrutura fina que cresce em média 1,5 cm ao mês. Ele é constituído principalmente de uma proteína denominada queratina. Durante seu crescimento ele é envolto pela secreção das glândulas sebáceas. Estas são as responsáveis pela lubrificação dos fios, funcionam como uma capa protetora, além de permitir brilho e suavidade ao fio. Cada fio possui raiz e haste. A haste é a parte visível. Ao microscópio aumentado,milhares de vezes , cada fio possui três estruturas principais: cutícula  (camada externa), córtex (camada intermediária) e medula  (camada central).

CUTÍCULA - É a camada externa do fio. Cujas propriedades estruturais servem de proteção contra influências externas. Ela é formada por células achatadas que formam uma cobertura de escamas de queratina que se sobrepõem umas as outras, lembram escamas de peixe. A cutícula quando agredida ocasiona alterações na saúde do fio, como pontas secas e duplas, cabelo seco e quebradiço, alteração na cor, queda, etc. Isto ocorre principalmente por Ações Mecânicas como ato de escovar, pentear, secar e por Ações Químicas como descoloração, tintura, permanente, alisamentos, etc e por ações de agentes externos como sol, poluição, vento, poeira, água com cloro, ar condicionado, etc.
CÓRTEX - É constituído de células delgadas que possuem em seu interior um pigmento denominado melanina, que confere a cor dos cabelos, podendo estar presente sob a forma de grânulos esparsos, grumos ou fluído.
MEDULA – Consiste de um eixo central de células.

 
 ESTRUTURA QUÍMICA DO FIO

    O fio de cabelo é constituído principalmente de queratina, uma proteína fibrosa, derivada das células ectodérmicas (pele). O cabelo contém de 65% a 95% de proteína (queratina) e os demais componentes são:

Água – esta é fundamental e sua concentração aumenta de acordo com a umidade do ar. Os fios quando estão molhados são menos resistentes e rompe-se com maior facilidade.

Lipídeos – Os internos que fazem parte da estrutura do fio e os externos formados pelo sebo.

Elementos químicos – (vitaminas e minerais) sua presença na estrutura capilar é muito baixa.

     A queratina dos cabelos contém cerca de 10 a 14% de cistina (aminoácido) que contém as pontes de dissulfeto, que são as responsáveis pela capacidade da queratina dos cabelos, distender-se a quase o dobro do seu comprimento quando exposto ao calor úmido, mas se contrai ao comprimento normal pelo resfriamento.
     É devido às propriedades da queratina, que o cabelo para ser ondulado, pode ser molhado e enrolado firmemente em torno de um rolo sólido, ficando assim até secar. A tensão prolongada rompe as ligações, levando o fio à outra posição. Estas ligações porém são instáveis e se o cabelo for lavado, elas desaparecerão e o modelo de ligações primitivo é restabelecido.
    As substâncias químicas que provocam a ruptura das ligações das pontes cruzadas de dissulfeto modificam permanentemente o fio do cabelo, é o caso de alisamento de cabelos.

 FORMAS DE CABELO

    A curvatura é a característica do cabelo que mais influência o volume , a penteabilidade e a maleabilidade, entre outras características. A curva do cabelo crespo, ondulado e liso é determinada geneticamente, variando de acordo com as raças.

CABELOS LISOS - é predominante nas raças mongólicas, como os chineses, esquimós e índios. São cabelos grossos e lisos, com algumas variantes: lisos e finos e ligeiramente ondulados.

CABELOS ONDULADOS - é predominante nas raças caucasóides como os europeus. São cabelos finos e ondulados, que se dividem em ondulados, muito ondulados e cacheados.

CABELOS CRESPOS - é característico de quase todas as raças negras e suas miscigenações podendo variar em crespos e muito crespos.

TIPOS DE CABELO

    Cada pessoa já nasce com seu tipo de cabelo (seco,oleoso,normal) que são características transmitidas por fator hereditário. Mas outros fatores podem alterar sua natureza original, tornando-os mistos, com pontas duplas, ressecados e danificados.

CABELOS SECOS: São de toque áspero, sem brilho, volumosos, armados e frágeis. Acumulam eletricidade estática e são difíceis de pentear e desembaraçar. Algumas causas mais comuns: hábitos alimentares, longas exposições ao sol e banhos de mar e piscina sem prevenção adequada, processos de tintura, permanentes, alisamentos. Estes fatores ocasionam desequilíbrio com a secreção nas glândulas sebáceas tornando o couro cabeludo e os fios secos.

CABELOS OLEOSOS: São gordurosos, pesados, sem volume e geralmente finos. Têm brilho que é decorrente do excesso de oleosidade. O fato de possuir maior secreção sebácea pode ocasionar e acelerar o processo de queda. Causas mais comuns: o stress físico e mental, alimentação desequilibrada, problemas hormonais, provocam desequilíbrio na secreção das glândulas sebáceas acelerando sua produção, influindo na oleosidade da pele e dos cabelos.

CABELOS NORMAIS: São macios, sedosos, de aparência saudável, brilhantes e com volume. As glândulas sebáceas liberam apenas a oleosidade suficiente para lubrificar naturalmente os fios.


CABELOS MISTOS: Geralmente o couro cabeludo é oleoso e os fios são secos e quebradiços. Causas mais comuns: Produtos inadequados, processos químicos como tinturas, alisamentos, uso exagerado do secador, agentes externos como sol, água do mar e piscina entre outras. 

CICLO DE VIDA DOS FIOS

Fase do crescimento (Anágena): esta fase dura entre 3 a 5 anos. As células da papila se dividem permanentemente e empurram as precedentes para cima. Este processo de empurrão das células é o responsável pelo crescimento do fio.

Fase de repouso (Catágena): sua duração varia de 3 a 4 semanas. A divisão celular diminui e depois cessa. O cabelo não cresce mais.

Fase de queda (Telógena): duração média de 3 a 4 meses. A multiplicação celular não acontece mais, o cabelo desprende e cai. Em seguida a papila se reativa e um novo fio de cabelo se forma. Na vida de cada pessoa o folículo pode produzir em média 25 ciclos. Diariamente perdemos de 30 a 50 fios. Esta troca é lenta e nem se percebe. Se esta média for superior pode haver um desequilíbrio. O fio de cabelo cresce em média de 1 a 2 cm ao mês.

  CABELOS E PROBLEMAS  

    Os problemas que mais preocupam são os da raiz (bulbo). Por uma série de fatores , os cabelos sofrem as conseqüências que às vezes os levam a queda parcial ou total (Alopecia). As situações em que é envolvido o couro cabeludo, são anomalias tais como:

SEBORRÉIA: substâncias oleosas que acumulam e se solidificam na raiz, inibindo a oxigenação, assim causando o sufocamento do bulbo.

HIPERIDROSE: excesso de suor, causado pelo descontrole das glândulas sudoríparas, mistura-se ao sebo causando asfixia do bulbo e oleosidade nos cabelos. 

ANÊMICO: Acumulam-se os problemas acima descritos e é afetada a circulação sanguínea da papila pilosa tornando o sistema de alimentação do bulbo insuficiente.

ALOPECIA: couro cabeludo com seborréia, hiperidrose, mal nutrido e anêmico, inicia-se uma anomalia, a alopecia (queda dos cabelos).

 PROBLEMAS DOS FIOS

POROSOS: As escamas ficam abertas, deixando os cabelos porosos, tornando-os sensíveis aos agentes externos e ainda com a perda da pigmentação, ou seja, da cor.

PONTAS DUPLAS (Tricoptlose): Dá-se uma ruptura que começa nas pontas dos cabelos, tornando-os difíceis de pentear e fáceis de quebrarem com o manuseio de pente ou escovas.
  
PONTAS DESFIBRADAS (Tricoclase): Nesse caso é mais grave. As pontas dos cabelos ficam desfiadas, tornando-as gravemente quebradiças, deixando os cabelos arrepiados, armados e feios.

 TRAUMATIZADO: Vento, poluição, cloro, tintas, tonalizantes, secadores, chapinha, etc violentam e abre as escamas da cutícula, desidratam, quebram e eletrizam os cabelos.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fenilcetonúria

n
fenilalanina
     A fenilcetonúria é uma doença caracterizada por uma anomalia congênita onde a ausência de uma enzima que processa o aminoáciodo com o nome de fenilalanina faz com que ele se acumule no organismo tornando-se tóxico. Essa toxicidade ataca principalmente o cérebro e tem efeitos irreversíveis, como retardo metal permanente.
    O diagnóstico da fenilcetonúria pode ser feito no recém-nascido por meio de triagem neonatal, mais conhecido como “teste do pezinho”, ainda na maternidade.
    O diagnóstico precoce permite que os cuidados necessários sejam tomados desde o princípio, evitando uma série de efeitos indesejados.
    A substância fenilalanina, é um composto natural encontrado em proteínas, sejam elas vegetais ou animais, como no aspartame, peixes, frango, arroz e feijão, e é essencial para o funcionamento correto do organismo, mas é muito perigosa para quem sofre com a fenilcetonúria, e por isso, qualquer alimento que contenha mais do que 5% de proteína é contra-indicado para fenilcetonúricos.
    Sem ter a confirmação da doença, e os cuidados com a alimentação, já no primeiro ano de vida os pais começam a perceber atraso no desenvolvimento psicomotor, hiperatividade, convulsões, tremores e microcefalia. Sem o diagnóstico e orientações médicas seguidas corretamente, a fenilcetonúria leva a convulsões, problemas de pele e cabelo, deficiência mental e até mesmo invalidez permanente.




Sintomas de fenilcetonúria


    Os sintomas da fenilcetonúria geralmente estão ausentes nos recém-nascidos, porém as crianças com fenilcetonúria podem apresentar erupção cutânea semelhante ao eczema, e quando não tratadas desenvolvem rapidamente um certo grau de retardo mental, geralmente grave e irreversível, convulsões, náusea e vômito, comportamento agressivo ou auto-agressivo e hiperatividade. Elas também exalam um odor corpóreo característico.
    A fenilcetonúria é um distúrbio do metabolismo de ordem hereditária no qual um determinado aminoácido, a fenilalanina, substância presente em alguns alimentos, não é metabolizada.
    A doença é diagnosticada através do “exame do pézinho” nos bebês, e o tratamento para fenilcetonúria é simples resumindo-se numa dieta onde é limitada a ingestão de fenilalanina desde as primeiras semanas de vida, e que deve ser mantida durante toda a vida para que não ocorra retardo mental.

Tratamento para fenilcetonúria


    O tratamento para fenilcetonúria consiste em limitar a ingestão de fenilalanina, mas como todas as fontes naturais de proteínas contêm aproximadamente 4% de fenilalanina, é impossível o consumo de uma quantidade suficiente de proteínas sem que seja excedida a quantidade aceitável de fenilalanina.
    Na dieta no lugar do leite e da carne, a pessoa deverá consumir diversos alimentos sintéticos especiais para pacientes com fenilcetonúria e que fornecem os demais aminoácidos e não contém fenilalanina. Esses produtos oferecem ao paciente um pouco mais de liberdade para consumir alimentos naturais.
    As  frutas e vegetais tem uma baixa cocentração de proteínas e de fenilalanina e por isso seu consumo é mais liberado.
    A ingestão de fenilalanina deve ser restringida desde as primeiras semanas de vida para um indívíduo com fenicetonúria, para que não ocorra retardo mental. Uma dieta restritiva iniciada precocemente e mantida adequadamente possibilita um desenvolvimento normal da criança e previne a ocorrência de lesão cerebral.